segunda-feira, 21 de abril de 2008

Lembrar 4 - Realidades do mato...

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  • DEVANEIOS NO ÍNDICO

    Hoje olhei o Índico transparente
    apeteceu-me
    procurar as coordenadas do teu coração
    apontar no mapa, indiferente,
    pareceu-me
    vislumbrar o caminho na tua direcção.

    Já Mocímboa fica no horizonte
    distante
    e a tua formosa imagem se reflecte
    no céu que fica de fronte
    equidistante
    do caminho de Mueda, que se repete.

    Divagando, vou pintando a alma
    multicolor
    para que o tempo me seja breve
    com suaves tons de calma
    amor
    a condizer com o que se escreve.

    Diaca, Outubro de 1966



Lembrar 3 - Realidade dos meios

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sábado, 19 de abril de 2008

Lembrar 2 = Cancioneiro do Niassa

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  • Ó PÁTRIA MINHA

    Minha Pátria, minha paixão,
    sei que horas amargas virão
    longe do tempo presente
    com espaços vagos e ideias ignotas
    acções audazes inevitáveis
    nas límpidas forças do coração
    aqui espalhadas nestas palhotas
    onde os corpos com feridas irreparáveis
    ao criador estendem a mão
    em luta contra o tempo da desonra.

    Ao sabor das virtudes ainda vivas
    vou cavalgando sobre as savanas
    sem piedade pela pátria moribunda
    onde um dia sabujos escribas
    dirão que estas atribulações insanas
    foram causadas pela tropa imunda.

    As caminhadas dos invisíveis corcéis
    de rostos com lágrimas furtivas
    ficarão para sempre gravadas
    nas irresponsáveis decisões dos coronéis
    que urdiram as logísticas esquivas
    e atiraram os soldados às emboscadas.

    Ó pátria minha, do coração,
    por ti, sinto a fúria da poeira
    que me tolhe o corpo cansado,
    tento fazer valer a minha razão
    reclamando o fim da fogueira
    até que o tormento seja extirpado.

    Mueda, Agosto de 1967



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Lembrar 1 = Cancioneiro do Niassa

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Lembrar... as mentiras e a guerra

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Outras e outras imagens
atestam os controversos discursos...
para enganar os pacóvios.

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Lembrar o Natal... na guerra

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Há sempre alguém nas imagens
que o tempo não apagou...
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sábado, 12 de abril de 2008

Guiné = Sinais do 25 de Abril

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Houve muitos sinais...
mas poucos os queriam entender...
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Memórias 4 = O Fim do Império... colonial

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A derrocada está à vista...
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Memórias 3 = O Fim do Império... colonial

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Depois de atiçarem o fogo,
quem sofre são os desprevenidos.

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Memórias 2 = O Fim do Império... colonial

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Quando os responsáveis recuam
ou abandonam o barco,
alguém sofre as consequências...
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Memórias 1 = O Fim do Império... colonial

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Quando se quebram as amarras,
os resultados são imprevistos;
no caso da descolonização,
só os "anjinhos" esperavam
que tudo ficasse como dantes...
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